3. 48 Leis do Poder - Livro

LEI 1 – NÃO OFUSQUE O BRILHO DO MESTRE

Há 15 anos atrás um colega de trabalho recomendou a leitura de um livro chamado : As 48 leis do Poder de Robert Greene e Joost Elffers . Li o livro se apliquei sempre que possível os ensinamentos. É um muito interessante os autores utilizarem fatos históricos para explicar cada Lei e nos faz entender como funciona um pouco o mundo. Não só o mundo de Reis e Rainhas, Guerras . Mas , para o nosso dia a dia.

Resolvi re-ler o livro e registrar os principais pontos para cada Lei. É uma interpretação pessoal.

Lei 1- Não Ofusque o Brilho do Mestre.

Existe uma passagem no livro na página 30 que diz :

“… Quem conquista um alto status na vida é como os reis e rainhas: quer se sentir seguro da sua posição e superior aos que o cercam em inteligência, perspicácia e charme. É uma falha de percepção mortal, porém comum, acreditar que exibindo e alardeando os seus dons e talentos você está conquistando o afeto do senhor. Ele pode fingir apreço, mas na primeira oportunidade vai substituir você por alguém menos brilhante, menos atraente, menos ameaçador. Ele não admitirá a verdade, mas arranjará uma desculpa para se livrar da sua presença. ….”

Se você pensar ao longo da sua vida de trabalho já deve ter passado por estas situações. É óbvio que não vou citar fatos da minha vida particular, mas você faz o seu trabalho no “estado da arte” é óbvio que alguém pode se sentir ameaçado. Quanto maior a estrutura da empresa, maiores são as os “Mestres”.

Nessa lei , você precisa saber dosar a bajulação para que não cause uma má impressão. Tem algumas dicas que o livro indica :

  • E se você é mais inteligente do que o seu “Mestre” aparente o oposto. Deixe que ele pareça mais inteligente .

  • Mostre Ingenuidade. Faça parecer que você precisa da habilidade dele.

  • Cometa Erros inofensivos que não afetarão você a longo prazo . De a chance de pedir a ajuda a ele.

  • Se as suas idéias são mais criativas do que as do seu mestre, atribua-as a ele . E de maneira mais pública possível

  • Deixe claro que seu conselho está simplesmente repetindo um conselho dele

  • Se você é mais esperto do que seu mestre , tudo bem em representar o papel do bobo da corte. Mas não o faça parecer frio e mal-humorado.

  • Deixe o seu “Mestre” ser o Sol , o centro das atenções.

Este uma passagem que fala sobre o Inverso.

“… Você não pode ficar se preocupando em não aborrecer todas as pessoas que cruzam o seu caminho, mas deve ser seletivamente cruel. Se o seu superior é uma estrela cadente não há perigo nenhum em brilhar mais do que ele. Não tenha misericórdia – seu senhor não teve escrúpulos na sua própria ascensão a sangue-frio até o topo. Calcule a força dele.”

O problema é você saber se seu superior é uma estrela cadente. Você tem que ter experiência de vida para captar e absorver isto. A sua opinião pode não retratar a realidade. Você tem que saber separar a antipatia do que os outros acham (Principalmente o superior do superior). É uma atividade muito difícil.

Uma vez que você tem certeza … Manda bala.

Ricardo .


LEI 2 – Não confie demais nos amigos, aprenda a usar os inimigos.

“Cautela com os amigos – eles o trairão mais rapidamente, pois são com mais facilidade levados à inveja. Eles também se tornam mimados e tirânicos. Mas contrate um ex-inimigo e ele lhe será mais fiel que um amigo, porque tem mais a provar. De Fato, você tem mais o que temer por parte dos amigos do que dos inimigos. Se você não tem inimigos, descubra um jeito de tê-los.”

Nesta lei vale dizer aquela velha máxima : Amigos… Amigos! e Negócios a parte. Jä vivi uma situação em trabalho que um amigo usou da amizade se defender de uma briga. E alguns anos mais tarde acabei contratando este amigo (e ex-chefe) em outra empresa.O que vale dizer é que você já sabe o que um “inimigo” pode fazer. E se você souber lidar com estas situações sempre estará dois ou três passos na frente.

Existe uma passagem na página 38 … “Um homem que se vê poupado de repente da guilhotina é um homem grato,não há dúvida, e fará o impossível pelo homem que o perdoou.” … e outra passagem na página 39 que diz “… Guarde os amigos para a amizade, mas para o trabalho prefira os capazes e competentes.”. O livro retrata nesta lei que um amigo pode te trair muito mais fácil do que um desconhecido ou até mesmo um inimigo.

Na página 40 , “… Sem inimigos a nossa volta, ficaríamos preguiçosos.Um inimigo nos calcanhares aguça a nossa percepção,nos mantém concentrados e alertas. As vezes, então é melhor usar os inimigos como inimigos mesmo, em vez de transformá-los em amigos ou aliados. “ A interpretação de inimigo para o presente chama-se concorrência. E se olharmos por esta ótica é verdade

que desperta o sentimento de competição.

Como é a estrutura do livro sempre tem a aplicação do inverso . “… há momentos que um amigo pode ser mais eficaz do que um inimigo. Um homem de poder,por exemplo, frequentemente precisa fazer um trabalho sujo,mas, para salvar as aparências, é melhor deixar que os outros façam isso por ele: os amigos são os melhores, visto estarem dispostos a se arriscar pelo afeto que sentem por ele. Além disso, se os planos gorarem por algum motivo, o amigo é um bode expiatório muito conveniente. Esta “queda do favorito” era um truque usado com frequência por reis e soberanos: eles deixavam que seu melhor amigo na corte assumisse a responsabilidade por um erro, visto que o público não acreditaria que eles deliberadamente sacrificassem um amigo com esse propósito. …”. Ler um texto destes parece ser chocante, não ? Você faria isso com um amigo ? Acho que não. Mas, em algum momento você terá que fazer. Pode ser que tenha que ser seu melhor funcionário , por exemplo